Se existe algo que me desencanta nas pessoas é o comodismo, a falta de vontade, a falta de percepção sobre as oportunidades de transformar pequenas coisas em grandes aprendizados e oportunidades.
A palavra NÃO pode ser expressada das mais diversas maneiras e, a cada jeito que é colocada, gera interpretações diferenciadas.
- O NÃO seco é o pior de todos, é grosso, negativo, bloqueia a continuidade, agride o interlocutor, inibe outras tentativas e finaliza os assuntos sem mais explicações.
- O “Eu acho que NÃO” ameniza o impacto do não seco, abre uma possibilidade, mas deixa claro a primeira resistência, gera um posicionamento previamente negativo, pressupõe a impossibilidade, induz um retorno negativo, de desistência imediata, desmotiva o interlocutor.
- O “Vou TENTAR, mas eu acho que não” apresenta um pequena predisposição, mas ela é imediatamente assassinada pelo “acho que não”, também ameniza a negativa, mas não o suficiente, já que as últimas palavras da frase definem a conclusão do pensamento.
- O “Vou TENTAR” abre uma possibilidade, gera uma expectativa, mas não uma conquista final, sem dúvida elimina o NÃO da história, mostra uma predisposição ao acerto sem a negativa, cria percepção de atenção e vontade.
- O “Vou TENTAR, acredito que tenho alguns caminhos”, apresenta vontade real, cria expectativa positiva, agrega valor à tentativa, mostra otimismo, convicção. Exposto com frequência, gera a percepção de uma pessoa solícita, pronta para tudo, disposta e ativa.
Por fim, existem várias maneiras de dizer NÃO, mas a melhor delas é aquela em que o interlocutor descobre o NÃO juntamente com você, entende que as possibilidades e as inúmeras tentativas foram exercidas. Por TENTAR, jamais vi ninguém perder nada, pelo contrário, independente do NÃO, o aprendizado para aqueles que tentarem será sempre um grande SIM.