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Pelo amor ou pela dor!

Pelo amor aprendi muitas coisas em minha vida, mas tenho a plena certeza de ter deixado muitos e muitos aprendizados escaparem por acreditar em minhas aprisionadas razões.

Foi quando, muito jovem, uma ruptura familiar me expôs a um aprendizado que ressignificou totalmente a minha vida. Sim, foi pela dor, e uma dor que até então, jamais havia sentido e nem imaginava existir.

Não fiz esta introdução para contar a minha história, que muitos já conhecem pelos meus textos e principalmente em meu livro que neste ano completa 10 anos do lançamento, fiz para explicitar que choques realistas em nossas vidas podem trazer resultados espetaculares no futuro. Isto é claro, se entendermos durante e pós-contexto, tudo aquilo que foi destruído em nossos prévios conceitos, anteriormente solidificados por crenças e experiências vividas.

Quando passei por esta experiência era muito jovem, tinha apenas 16 anos. Em meu livro relatei este episódio como “ meu mundo caiu ”, uma frase conhecida e cantada por Maysa ” se meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar “. A frase fala por si, e quando isto acontece em nossas vidas, tenha uma certeza, é hora de buscar novos e significantes caminhos.

Não existem manuais ou mapas que lhe darão estes percursos prontos. Somente as suas atitudes e o imenso querer irão pavimentar novas estradas que num primeiro instante, pouco lhe mostrarão o destino certo, mas de alguma forma, lhe trarão autoconfiança para seguir e fazer, seja lá para quem ou como, representando a melhor de todas as decisões a ser tomada. Mesmo porque, você não terá muitas alternativas a não ser agarrar-se numa corda e não soltá-la mais.

Temos sim, escolhas. Eu sempre optei pelo caminho da atitude, do bem querer, do fazer algo por alguém ou com alguém. Dispor-se a agir, ter intenções positivas e acreditar que esta dor, que não está sendo pequena em nossos mundos internos e externos, possa ser a grande alavanca para enormes entendimentos que muitas vezes podemos já ter recebido como lições de amor, mas demos pouca atenção e quem sabe, não tivemos humildade para aprendê-las.

Como quando eu era jovem, sem nada para lutar além da minha própria vida, sejamos resilientes perante o momento, o quanto for necessário, para assim que formos libertados de nossas forçadas trincheiras, saiamos como verdadeiros guerreiros de nossas vidas para construir novas estradas.

Tenho convicção, que da mesma maneira que olho hoje para o passado a fim de buscar aquelas energias, poderemos trilhar estes novos caminhos e lá adiante, olhar para trás como um porto seguro de nossas lutas e batalhas vencidas.

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