Muitas pessoas me perguntam como administro meu tempo, de que maneira consigo equilibrar empresa, vida pessoal e família de forma coerente sem que estas bolas de cristais caiam no chão e se espatifem. Se alguém tiver esta resposta definitiva, me avisem. A pergunta é muito sugestiva e complexa para responder de bate pronto, mas tentarei ser o mais breve e conclusivo possível.
Sempre compreendi que o tempo é, sem dúvida, uma das grandes riquezas desta vida e, sendo assim, o respeito, atenção e importância dada a ele, sempre foram primordiais em minha vida. Sou um pouco obcecado pela matemática em nossas vidas e o quanto ela pode nos ajudar em tudo, principalmente na administração do tempo.
Se o tempo tem toda esta importância devemos administrá-lo da melhor maneira possível, sendo assim, a primeira coisa é estudar sobre o assunto, ler e escolher conteúdos que possam somar conhecimento a esta matéria e, imediatamente, começar a aplicar tudo isto na prática, mas não com uma exigência imediata de resultado, mas sim como um processo de aprendizado e disciplina, pois gerir tempo, necessariamente precisa de esforço, comprometimento, vontade excessiva e persistência. Não acredito existir a fórmula exata, todos gostaríamos de tê-la, os métodos existem, as ferramentas apoiam, mas acredito que cada pessoa deve encontrar o seu jeito e técnica para lidar com o assunto.
Nesta complexa gestão, procuramos administrar não só o tempo, mas a sua relação frente aos recursos e à energia, tornando assim, o tripé tempo/recurso/energia, um dos mais valiosos grupos relativos a resultados. Numa conta rápida e básica, temos em 30 dias, 720 horas, das quais 240 passamos dormindo, 176 trabalhando, 60 em média nos deslocamentos e assim por diante. Nesta conta é nítida a quantidade de horas que desperdiçamos diariamente. Aí me pergunto: como desperdiçamos tanto, daquilo que nós mesmos definimos como pontos importantíssimos em nossas vidas? Ou estamos negligenciando a consciência ou estes pontos não são tão importantes assim.
Antes de escrever meus textos, procuro fazer diversas pequenas entrevistas sobre as minhas pautas, com variados perfis de pessoas. Neste caso, questionei um grupo com a seguinte pergunta: quais são as 5 primeiras coisas mais importantes para se administrar na sua vida? Rápido, de bate pronto! Para minha surpresa, o item tempo, não foi citado pela maioria. Família, dinheiro, trabalho, lazer, vida, relações, chefes, jobs, amigos, foram as mais citadas. Logo depois da resposta, tornei a perguntar: e o tempo, não é importante? Na maior parte das pessoas percebi um choque e uma rápida colocação: sim, sim, o tempo é muito importante! E agora, o tempo assumiria qual prioridade em suas importâncias? E desta vez fui eu que me surpreendi. A grande maioria o classificou entre a primeira ou segunda coisa mais importante para se administrar. Neste momento, percebi que a não administração consciente do tempo é algo comum, pois o tempo é algo próprio, gerido de maneira constante e integral e as pessoas não param muito para pensar, pois acreditam não haver a necessidade já que o dominam de maneira intrínseca. Acho até que no íntimo, sabem que é uma de suas únicas posses reais e assim não se importam muito em tomar conta.
Quando lancei esta conversa para algumas pessoas, percebi que ficaram pensativas: Como deixo à deriva uma das coisas mais importantes da minha vida? Como posso não prestar a atenção necessária? Quando paramos e refletimos sobre o assunto, rapidamente percebemos quanto tempo gastamos em nossas vidas, quanto desperdício e, tempo utilizado com coisas que não nos levam a lugar algum.
Bem, este é um tema muito amplo, pessoal e geral. Todos dependemos do tempo e é inquestionável que a administração e melhor utilização deste tempo refletem em melhores resultados. Temos todos o livre arbítrio de usar, gastar e abusar dele como bem entendemos, mas também temos toda a responsabilidade sobre os resultados da sua utilização.
E você, como trabalha este tema em sua vida? Opine, troque suas experiências, pois assim como eu, acredito que todos ainda temos muito para aprender, mas uma coisa é certa:
Ainda temos muito TEMPO!