Outro dia ouvi esta frase de relance, acho que num filme onde havia uma garota surfista sem um dos braços.
Bem, este tipo de colocação normalmente é feita por pessoas que enfrentam situações de extrema superação, pessoas que transformam suas vidas numa meta infinita capaz de provar não para os outros, mas para elas mesmas, que nada é difícil a partir do momento em que nos entregamos de corpo e alma.
Nestes dias mesmo vivenciei uma situação em minha empresa numa aposta na qual muitos não acreditariam que ela pudesse gerar resultado. Digo sempre que um fio de cabelo é capaz de suportar o peso de um elefante, enquanto a crença na esperança for presente. Digo também: o que separa os vencedores dos perdedores é a capacidade de sua persistência diante da dor ou do sofrimento a que forem expostos. Numa competição, uma única coisa é certa: haverá um vencedor. Não importa se é num jogo de tênis, ou numa supermaratona com mais de 15 mil competidores, somente um será o vencedor.
Diante de tal constatação, cabe a cada competidor criar as suas estratégias e planejamento, se realmente estiverem dispostos a chegar lá com toda a convicção da real possibilidade.
Como sugere o título, todos sabemos que não mágica, não há truques, não há atalhos nesta vida, todos invariavelmente temos um caminho longo e árduo a percorrer antes de apontar o Olimpo. A cada fase os competidores são eliminados, por um lado eles diminuem em quantidade, mas crescem em qualidade e determinação.
Todos sentimos isso na pele, muitos e muitos tentam burlar, encontrar brechas e, por alguns instantes, aparentemente até conseguem, mas a regra da vida é implacável, o tempo passa e queira ou não as punições chegam e os colocam novamente para trás na fila.
Depois de alguns anos batendo a cabeça, fui compreendendo que a busca por tornar possível aquilo que muitos propagavam como impossível passou a ser motivo e energia para suportar as exigências que viriam à frente.
Em momentos de retrocesso, muitas vezes ficamos acuados, medrosos, descrentes, nos abatemos, nos fragilizamos, questionamos e um mundo de aflições nos toma numa corrente do “pede pra sair”.
Nestas horas, costumo rever momentos vivenciados na mesma situação e normalmente tenho de concordar com verdades que apresentam a vitória passada com muito menos armas e capacidades que o momento atual. Vejo o tamanho das conquistas diante das lutas, vejo as pessoas que se apoiam em minhas forças e coragem. Com isso, é rápida e certa a minha retomada, a minha reação numa espécie de recarga.
Somos seres frágeis, física e psicologicamente, somos suscetíveis ao erro, a dor, ao desanimo. Nossa mente é o nosso guia, nossos exemplos são nossas representações. Nos guiamos por referências vivenciadas. Se conhecemos algo melhor e mais bonito, imediatamente alteramos nossas opiniões. Somos mutáveis diante das coerências e dos raciocínios apresentados e, muitas vezes, tolos diante das ilusões e mentiras bem contadas.
Enfrente as dificuldades não só diante das possibilidades, pois as maiores conquistas estão nos enfrentamentos impossíveis onde as dificuldades serão maiores ainda.
Sendo assim, não precisa ser fácil, somente acreditar que é possível.