É muito normal, dentro das empresas, nós nos depararmos com situações em que o excesso de questionamento muitas vezes toma o tempo da própria execução do trabalho (às vezes, até mesmo o tempo de fazer, errar e refazer).
Um dos assuntos que mais me estimulam está relacionado em como conseguir o melhor: como fazer mais dentro do mesmo tempo; como tomar decisões rápidas com o menor risco; como dar velocidade ao andamento mantendo qualidade, senso crítico e assertividade. Ter em mente quanto tempo é destinado a um assunto e qual a importância desse assunto dentro de uma visão macro pode ser de grande valia na gestão pessoal.
Em geral, as pessoas adoram trabalhar com colegas facilitadores, tomando-os como exemplo e referência na condução de vários assuntos. Porque o facilitador nunca é displicente, acomodado ou desprovido de senso crítico: o facilitador sempre tem enorme responsabilidade no resultado final do trabalho. E mais: o facilitador questiona pouco; o facilitador auxilia na execução do trabalho.
Por outro lado, é difícil trabalhar com o “roda-presa”: aquele que, com seus constantes questionamentos, impedem os colegas de trabalhar.
Vez ou outra é bom parar para pensar: sou facilitador ou sou “roda-presa”?
Um bom exercício é tentar utilizar 50% do tempo que usaria para discorrer sobre um determinado assunto, ou para executar uma determinada tarefa. Vale também reparar se as pessoas com quem você convive utilizam argumentos muito longos e às vezes repetitivos em suas conversas cotidianas para fazer com que você tome uma atitude positiva, porque a transparência das características humanas é cristalina, sendo praticamente impossível não ser percebida após alguns meses de convívio.
Bem, entender essas diferenças é algo muito simples, mas nem sempre aceito. Conversar com os colegas a respeito deste tema e questionar sobre suas percepções a respeito do assunto pode trazer boas surpresas sobre a forma como cada um vê a si mesmo e como o grupo vê cada um…
Sempre podemos melhorar algo que achamos estar bom… até mesmo porque o que é bom para um nem sempre é o melhor para todos.