Sempre compreendi o brinde como um grande aliado às atividades de marketing das empresas, mas como toda ação, é necessário um pensamento, um planejamento, o famoso, por que? e para que?
Nesse sentido, existem algumas pré-tarefas antes de sair fazendo brindes a torto e a direito. Acho até que as empresas do segmento têm neste caminho uma grande oportunidade de se posicionarem numa visão estratégica de curto, médio e longo prazos. Tendo em vista a antiga e ainda poderosa ferramenta do marketing, pensar o brinde de maneira estratégica pode ser um ótimo caminho para a construção sólida da imagem da empresa, seja ela de serviços ou de produtos. E como todas as ferramentas, ela deve ser trabalhada com um forte pensamento interligado a outras ações do marketing.
O brinde tem por sua principal característica presentear e/ou agradar pessoas, seja em datas sazonais ou num simples exercício desta ferramenta, estendendo-se para posicionar sua marca próximo aos consumidores e/ou pessoas relacionadas à sua base de interesse.
Sendo assim, é crucial o alinhamento da identidade visual e de comunicação, passando, portanto, a ser um processo de comunicação e não um acontecimento aleatório. Outro dia fui surpreendido por um cliente/amigo que sempre admirou nossos brindes e acabou por agrupá-los durante os anos. Quando me ligou me disse que tinha em seu poder o maior acervo de brindes da Rae,MP, pois guardou todos que recebeu, ou seja, mais de 35 peças diferentes com um traço comum, a linguagem adotada, fosse pelo exercício do conceito da agência que durou muitos anos “somos exagerados”, ou pela cor predominante da empresa, o vermelho. Confesso que aquela abordagem me surpreendeu e me despertou a verdadeira sensação de resultados almejados no passado, algo que havia feito com muito esmero e dedicação, marcando a nossa imagem junto às pessoas que desenvolvemos relacionamentos, de maneira positiva com os predicados esperados.
Existem poucas pesquisas focadas neste assunto para uma orientação bem aprofundada, mesmo assim, sempre destinei valores para esse fim. Acredito também na criatividade deste segmento, pois além dos tradicionais “brindes de guerra” como chamo balas, lápis, clipes, xícaras, guardanapos, copos de servir, claro que todos personalizados e colocados em uso a exaustão, existem os brindes que podem ser criados a partir do desdobramento do conceito de cada empresa, caso ele tenha isto bem definido. No nosso caso, o conceito “somos exagerados” foi amplamente trabalhado. Já fizemos panetones de 7 kg no Natal, dominó de madeira de tamanho gigante, dado porta-treco em madeira, entre outras peças. Também trabalhamos a cominação de maneira adequada ao brinde como nas garrafas de água, onde personalizamos o rótulo e a mensagem.
Bem, como coloquei, acredito muito em brindes e quanto mais pensado em conjunto com as atividades de marketing, melhor será a sua rentabilidade, além de quem presenteia sempre deixa ao interlocutor uma percepção de atenção e valor.
Mais uma informação que encontrei:
Em 2008, o setor de brindes faturou R$ 6 bilhões, e em 2011 a expectativa é de que o faturamento gire entre R$ 5,2 e R$ 5,3 bilhões. Houve queda de 22%, que vem sendo recuperada, mas segundo Luís Roberto Salvador, diretor do guia Bríndice, ainda não atingiu os níveis de 2008, quando foi afetado pela crise mundial. Naquele ano, o segmento empregava 115 mil pessoas e hoje tem em média 85 mil funcionários. Para ele, o setor crescerá 8% este ano e em 2012 deve variar entre 5% e 6%.
Já Auli de Vitto, da Forma Editora, compreende que quanto mais devagar esteja a situação da economia, mais aquecido fica o setor, por conta das ações promocionais com que as empresas buscam alavancar suas vendas e dar giro maior aos produtos no mercado. Suas previsões são bem mais otimistas para o mercado que as do diretor do Bríndice. Segundo Vitto, apesar dos comentários, o mercado de brindes está aquecido e deve crescer em 2012 entre 10% e 12%.
Dados de Dezembro/11 – no Meio e Mensagem