Alguns dos atributos que nos definem hoje certamente foram moldados por profundos momentos de subestimação —até por aquela atitude de “engolir um sapo” —, por fatos dramáticos reais causadores dos mais profundos sentimentos, por sinucas vistas como sem solução e por diversas informações captadas por todos os nossos canais sensoriais.
Entre as pessoas, alteram-se as interpretações sobre o que é simples e o que é complicado, ou o que é demorado e o que é rápido. E raramente levam a refletir o que a facilidade ou a complexidade de uma tarefa tem a ver com seu próprio desempenho. Muitos não percebem que a maneira como você reage diante dos acontecimentos —principalmente os mais complicados —é o que define integralmente o seu sucesso ou insucesso. Estar tudo bem pode muito bem significar que nada está bem. Quando nossa percepção define um momento de estar tudo bem pode significar o fim de um ciclo e que outro necessita ser iniciado… a calmaria deveria ser vista como uma ameaça de acomodação. Muita gente confunde ambição com ganância e, nesta confusão, acaba tomando atitudes conflitantes com os objetivos pretendidos, o que gera sentimentos de fracasso.
Voltando a fazer analogia com um carro, é como se investisse muito em um potente motor, acreditando que a velocidade é o mais importante, deixando a capacidade do sistema de freios desproporcional à potência. Nem é preciso falar do resultado no final da reta. Muitos bradam aos quatro ventos: crescer, crescer, crescer. Mas poucos proferem: planejar, planejar, planejar. Intuitivamente, todos nós somos planejadores de nossas vidas, mas, como todos nós sabemos, entre planejar e executar há um grande hiato, que só se preenche com o exercício da ATITUDE. Só ela e mais ninguém tem o poder de transformar sonhos em realidade, esperanças em acontecimentos, vontades em conquistas, quer em tempos de crise, quer em tempos de bonança.
É necessário agir, refletir, planejar tanto em tempos de crise quanto nos tempos da colheita de resultados. Se nos acomodarmos com os bons resultados, cruzarmos os braços diante deles, certamente estaremos fadados ao fracasso. O terreno deve sempre estar preparado para novos plantios, se desejarmos ter sempre bons frutos.