Pobres de nós que, por diversos dias de nossas vidas, temos a firme convicção, ao finalizar nossas tarefas diárias, de que cumprimos com todas as nossas obrigações, de que construímos, com bases sólidas e certeiras, tudo que idealizamos e objetivamos pôr em prática.
Raramente paramos e olhamos a nosso redor para verificar que, hoje, pouquíssimas são as pessoas que podem ter certeza de que algo é realmente sólido, perene, de bases inabaláveis. As mudanças do momento que estamos vivendo acontecem independentemente de nossa vontade… Enquanto estamos parados, acreditando que nada muda, que tudo caminha exatamente como caminhava no dia anterior, grandes transformações estão ocorrendo, às vezes, até bem próximo de nós.
E, embora tentemos nos esquivar ao máximo de algumas mudanças, não temos o mínimo controle sobre os caminhos em que somos colocados.
Acreditar que estamos procedendo de maneira cem por cento correta pode nos causar a ilusão de que nossas atitudes são as melhores, porque estamos bem-intencionados… mas nossas atitudes podem, muitas vezes, nos colocar diante de verdadeiros abismos, porque não nos preparamos de forma suficiente para mudanças de perspectivas que forças exteriores nos impõem e, nesse momento, nossa auto-segurança pode ficar abalada.
É certo que existem pessoas de diversas características, que umas arriscam mais e que outras arriscam menos. Mas todos nós precisamos nos habituar a refletir sobre nossos pensamentos, falas e ações, levando em conta o mundo em que vivemos. Só assim, em um presente de incertezas, poderemos alicerçar parte do nosso sucesso futuro. Precisamos pensar objetivamente, falar com comprometimento e atuar com sincronia. E não só porque os tempos são de mudanças. Mas porque também as pessoas mudam com o tempo. Não podemos ser ingênuos a ponto de não percebermos que a realidade a nosso redor é diferente do mundo que construímos só para nós.