Existem 4 situações para a CONFIANÇA:
- Excelente – A pessoa é confiante e tem confiança.
- Ótimo – A pessoa expressa confiança e não é confiante.
- Ruim – A pessoa não expressa confiança, porém é confiante.
- Péssimo – A pessoa não expressa confiança nem é confiante.
A confiança é, quem sabe, o mais desejado e importante adjetivo perseguido por todos. Para ter tal atributo e conquistá-lo nos outros, não depende só de uma vertente, pois são trabalhados de maneiras distintas na construção dos valores pessoais.
Ser confiante está relacionado à segurança que se tem em si e à autoconfiança dos seus atos. Normalmente, ela é conquistada com o tempo, após longos períodos de treinamento, testes e muitas provas de vivencia, mesmo assim, quase sempre temos crises de baixa confiança.
Tudo isso está muito relacionado às referências a que fomos expostos. Podemos ser confiantes dentro de um grupo e frágeis diante de outros. Para que sempre caminhasse construindo a minha confiança, coloquei em minha mente que em todos os estágios do meu crescimento existiria alguém mais determinado, mais preparado, mais rápido, mais barato e que se dedicou ainda, isto pode parecer pessimista, mas para os confiantes é somente um jeito de pensar. Isso não me permitia criar possibilidade alguma de acomodação durante as conquistas da vida. Conheci muita gente que, ao conquistar autoconfiança, foi enganada pela vida ao se posicionar confiante diante de todas as situações. A confiança se constrói com os níveis comparativos que estabelecemos e colocamos à prova – e estes devem ser constantes e eternos.
Ser confiável é algo bem diferente. Trata-se de valores pessoais e não só de habilidades e conhecimentos. Ser confiável é uma das chaves mais importantes das conquistas interpessoais. Essa confiança não se mede, não se vê, não se toca. Trata-se de puro sentimento e percepção e nada garante a sua permanência. Confiança é algo que se quebra, que se perde e, uma vez rompida, é como um copo de cristal quebrado: pode até ser remendada, mas jamais ficará cristalina.
Outro dia ouvi uma frase de um autor desconhecido que dizia: “Depois da primeira mentira, toda verdade vira dúvida ” Que atire a primeira pedra quem jamais tenha cometido um erro se quer nesse campo. Somos únicos proprietários de nossas verdades e temos em nossas consciências a dimensão das consequências dos nossos posicionamentos. A soma de nossos atos define a confiança conquistada.
As variáveis são numerosas, pois somos testados a todo momento. São percepções muito sutis e outras nem tanto. Somos observados por aqueles que convivem e fazem negócios conosco diariamente. Crescemos ou somos impedidos disso, conforme critérios e regras estabelecidas pela própria sociedade.
Não existe um manual ou termômetro para medir a confiança de pessoas, empresas, marcas e instituições. Na mídia somos diariamente abatidos por uma série de quebras de confiança das pessoas e instituições mais inusitadas. Isso causa mais temor e desconfiança na sociedade e em suas relações. Conquistar confiança no Brasil é algo muitíssimo valioso, pois somos um povo pré-disposto a desconfiar.
Quando abrimos essas diferenças, é nítido que temos que nos policiar de todas as maneiras nesse frágil campo. Tenho convicção de que nossas relações são baseadas, em sua maioria, pelas relações de confiança estabelecida e conquistada.
Sabemos que no campo das relações, os interesses são levados em conta de maneira muito relevante, mas mesmo nesse cenário de interesses, a questão da confiança está presente. É engraçado, mas até numa negociação nebulosa, a confiança deve existir entre os que fazem o acordo. Em acertos de corrupção, a confiança entre as partes é enorme, mas como sempre ouvi: “mentira tem perna curta”, enquanto a verdadeira confiança sobre coisas limpas e claras é, sem dúvida, o maior pilar das relações de longo prazo.
Refletir sobre este tema é no mínimo uma avaliação sobre nossas próprias crenças e atitudes.
Marcelo Ponzoni