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SER IMPORTANTE. Pra quem e por que?

Não é de hoje que venho escutando e percebendo de muitas e muitas pessoas que a maior de todas as buscas dos seres humanos é a importância. Sim, ser importante pode ser inconscientemente a maior de todas as buscas, mas num primeiro momento, por ser tão simplória, acreditamos até que não seja possível ser esta a maior busca de nossas vidas.

Claro que deve haver explicações aprofundadas sobre este tema no estudo da psicologia, mas como sou somente um humilde pensador, quis escrever um pouco sobre este assunto que venho pesquisando ao longo dos anos.

Quando jovem, e agora observando meu filho adolescente, é fácil entender que passamos a vida em busca de importância, e que para isto nos esforçamos de maneiras diferentes àquelas que priorizamos como as mais importantes em cada uma de nossas vidas. Logo pequenos, em família nos esforçamos para sermos importantes para nossos pais, lutamos e percebemos nossos graus de importância. Às vezes, ao ver um irmão com desempenho melhor que o nosso, logo sentimos que ele passa a ser mais importante que você naquele quesito, e os sentimentos diante disto podem ser os mais variados possíveis. Podemos reagir positiva ou negativamente aos sentimentos. No caso dos estudos, ao percebermos que o outro está sendo mais importante por este ou aquele motivo, passamos a nos dedicar mais, e assim em todos os campos iniciamos diversas competições que acabam sendo avaliadas e condecoradas por nossos grupos sociais. Às vezes nos sentimos incapazes de reagir ou de competir naquele jogo, mas devemos perceber que podemos ter habilidades diferentes ao invés de nos martirizarmos por não termos competências naquele campo. Às vezes vejo muitas pessoas frustradas por não conseguir ter capacidades competitivas sobre um assunto, mas o que muitos não percebem é que temos uma enormidade de capacidades para sermos melhores em muitas outras coisas, podendo assim conquistar a importância com total relevância em outros campos.

Pensar neste assunto com este foco pode libertar muitos de nossos traumas, pois existem inúmeras características em que conseguimos ser mais ou menos competitivos. Às vezes, ao ficar chorando por incapacidades num assunto, estamos deixando de lado enormes potenciais que, se focados de maneira inteligente, podem nos tornar pessoas tão ou mais importantes do que aquelas que estamos querendo ser.

Gosto muito de pessoas e as observo muito, procuro captar e despertar nelas as reais capacidades que muitas vezes nem são vistas por elas mesmas, pois em cada grupo social existem pódios para as mais diferentes habilidades sem deixar nenhuma ser mais ou menos importante do que as outras. Veja o cenário que existe dentro das empresas: existem dezenas de departamentos e todos com necessidades e características diferentes, e em cada um deles existem importâncias a serem destacadas.

A história nos mostrou que as forças conjuntas é que formam as grandes potências dos exércitos; empresas e times se tornam campeões não pelas estrelas isoladas, mas por seus grupos, pelos esforços e dedicação de suas equipes. Mesmo nos esportes individuais, por mais que um só represente o todo, é a soma das capacidades que estão ao redor do ser que o leva ao lugar mais alto, ninguém chega a lugar algum sozinho.

Sim, todos nós queremos ser os mais importantes para aqueles que a percepção da importância possa nos elevar física e moralmente, perante a uma família, uma empresa ou uma nação.

Jamais quem definirá nossa importância seremos nós mesmos. Essa avaliação cabe aos nossos grupos de alcance, que estarão a todo momento nos avaliando com percepções sobre a nossa conduta, capacidade técnica, educação, vontade, pré-disposição, resultados e as mais diversas capacidades que sejam necessárias a cada avaliação. Normalmente buscamos demonstrar nossas capacidades para as hierarquias apresentadas, mas jamais devemos esquecer que as bases são, em muitas organizações, influenciadoras e analíticas das nossas condutas – o que quer dizer que precisamos buscar importância naqueles que muitas vezes imaginamos não ter importância alguma. Lembre-se que ninguém chega a lugar algum sozinho e que muitas vezes são as bases os maiores formadores de sua real importância.

Faça uma avaliação pessoal e defina se você seria realmente uma pessoa importante para você mesma, defina o que é ser importante em suas avaliações e procure entender que a sua importância própria será a mais importante de todas.

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